QSV/QAS na porta da
livraria
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Um grupo em atitudes suspeitas, estava reunido na porta de
uma livraria. Comiam e bebiam, comemorando ou tramando algo. Todos que passavam
com destino à livraria, paravam e observavam. E havia uma suspeita de que
invadiriam a livraria. Fatos que vinham acontecendo em todas as quintas feiras.
Invadiam o espaço, sentavam e ficavam observando o que acontecia e o que
falavam. Participavam de um grupo organizado, com o nome de SPVA.
E depois de uma breve investigação, pesquisou-se e identificou-se
o que acontecia. Dois acontecimentos simultâneos, na porta da livraria, um
aniversário e o lançamento de um novo queijo. O queijo Alcaçuz, produzido em
Nísia Floresta, muito característico por seu aspecto, por ser cheio de buracos
e furinhos. O marketing de lançamento do queijo foi com Chapeuzinho Vermelho,
oferecendo o queijo em uma latinha, a que levava para a vovozinha. Um
lançamento de um novo queijo da floresta, e a comemoração de um aniversário.
Erilva não quis comemorar o seu aniversário com leite,
preferiu o vinho. Desde a muito tempo ela já adquiriu uma intolerância ao sobrenome,
por conter alto índice de lactose in natura, além de outras gorduras. Em breve
deverá fundar a confraria das intolerantes a lactose, já tem pelo menos mais duas
participantes para formar a presidência: Catita e Shirlene.
Vinhos lembram uma filosofia, antigas sociedades, um uso na
igreja, e as uvas escuras do tipo noir. Deixam um clima e um aroma no ar. E os
convidados esperavam brindar com um pinot noir, ou até um chateau noir, já que
ela sempre cita e indica o nome, eu seus textos filosofais. Ledo engano, chegou
com um vinho morgado, produzido no bairro das Quintas. E tudo indica que
tomaria o vinho sozinha. Providenciou apenas uma taça. Esperava o apoio do
chato do café, em conseguir outras taças ou copos. E o chato do café, não
forneceu novos vasilhames, sem cobrar uma taxa de rolha. Juntou seus
convidados, pegaram o beco, e foram beber na praça no estilo de não serem
vagabundos, não serem carentes, apenas queriam comer e beber na praça. E o guarda seria um convidado, chegaria com um
vinho de San Marino.
Antes de chegarem na praça, logo depois da roleta, encontraram
uma escadinha em frente a livraria, onde poderiam comemorar e bebemorar um
aniversário, e fazer o lançamento de um queijo, com estratégias mercadológicas.
E ali reuniram-se: Chapeuzinho Vermelho e suas amiguinhas; a bruxa de Emaús; a
Madame Clécia, sempre baqueada, representando a madame Mim; e a Catita, mesmo
estando no SPC da SPVA. Mais outras fadas e bruxas; lobos e porquinhos; raposas
e uvas. Todos escoltados pelo Major Pontes. O major que pesquisa pontes perdidas
e esquecidas, subindo as serras. O mesmo major que colocou e preparou
armadilhas, para pegar ratos e catitas, durante o acontecimento.
Antes da comitiva da aniversariante sair de dentro da
livraria, o Major Pontes anunciava pela fonia, ATT QLs (quintas literárias), QSV/QAS
na porta da livraria. Um acontecimento balzaquiano. E sentados na escadinha
junto a porta da livraria tinha bebidas e petiscos, QSV (queijo, salame e
vinho) e QAS (queijo, azeitonas e salaminho) na porta da livraria. Petiscos
diversos acomodados em latinhas, cumbucas e “tapaué’.
E depois com a sustância oferecida, com o buxo cheio,
juntaram o bascuio e invadiram a livraria. Trocaram conversas, palavras e as
pernas, depois do rodízio de vinhos.
Texto
disponível em:
Em 4/12/15
Entre Natal/RN e
Parnamirim/RN
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